Monday, April 10, 2006

A guerra estala no sector das auto-estradas!

Numa altura em que a Brisa rejubila com um novo máximo histórico do valor das suas acções, esta pequena jóia da família Mello, que actua num dos poucos sectores em que Portugal exporta inovação (a concessão de auto-estradas), acaba de fazer história: é a primeira vez NA EUROPA que uma concessionária é impedida por uma Autoridade da Concorrência de proceder a uma aquisição de acções de uma concorrente, e que esta interpõe recurso ao Ministério da Economia contra tal decisão.

Esta situação tão inédita quanto bizarra só poderia acontecer num país com duas auto-estradas “repetidas” , com o mesmo circuito, como a A1 (da Brisa) e a A8 (das Auto-Estradas do Atlântico). Ora querendo a Brisa aumentar a sua participação de 10% para 50% na sua concorrente, certamente quererá ter o monopólio sobre as duas auto-estradas. Dando o seu parecer negativo, a instituição dirigida por Abel Mateus demonstrar querer fazer brotar um novo conceito de auto-estradas concorrentes. Portugal torna-se assim um inovador saudosista nesta matéria, invocando sem querer as linhas de ferro repetidas que foram sendo geradas em Inglaterra devido ao facto do sector ferroviário sempre ter sido privado.

É motivo para se afirmar com alguma segurança: já que se optou pela via tão inovadora quanto duvidosa das concessões de infra-estruturas rodoviárias (que potenciou um presidente português na associação europeia das concessionárias), que o princípio dos benefícios da “mão invisível” sejam levados até ao fim.

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