Wednesday, May 10, 2006

Cultura de não-lobbying ou o cansaço de Freitas




















No seu "Bloguítica", Paulo Gorjão acusa o governo português de falta de diligência no sentido de pressionar a burocracia onusiana a fim de Portugal ganhar um lugar no recém-criado Conselho dos Direitos Humanos, que veio substituir a desacreditada Comissão homónima, que chegou ao ridículo de ser presidida pela Líbia de Kadhafi. Com efeito, Portugal perdeu por uma posição, com um currículo provavelmente mais convincente do que países como a Grécia ou a Holanda. Mas Portugal tratou da sua candidatura ao nível de um subsecretário de Estado, ao passo que outros países trataram as suas ao nível de um Ministro em Pessoa.

É motivo para dizer: o "cansaço" de Freitas do Amaral começa a sair-nos caro!

A juntar a isso parece pairar sobre nós a sombra de um atávico preconceito e medo da prática do lobbying internacional. Nunca mais me esquecerei quando nos últimos Encontros Internacionais de Sintra da SEDES, um jovem técnico superior do nosso Parlamento alertou para a falta de antenas parlamentares portuguesas junto da burocracia de Bruxelas. Ao contrário de outros muitos países mais expeditos, sem complexos de pequenez como a nossa. Falo por exemplo da Finlândia, que também conseguiu agora assegurar um lugar no Conselho dos Direitos Humanos.

Acontece que esse jovem, nessa reunião, recebeu uma repreensão até aí ainda não vista nos Encontros pelo presidente da mesa, antes de lhe cortar a palavra 30 segundos depois.

0 Comments:

Post a Comment

Subscribe to Post Comments [Atom]

<< Home